
PLANO DE PARTO O QUE É - E PORQUE ELE É IMPORTANTE?
Sabemos que a gestação e consequentemente a hora do parto é um momento único na vida de uma mulher. Por isso, é bom que esse processo aconteça da melhor forma possível, tanto para a mãe quanto para o bebê e é nessa hora que o Plano de Parto pode te ajudar.
O plano de parto consiste em um documento guia, a ser entregue à equipe médica, que contém todos os desejos e preferências da parturiente antes, durante e depois do nascimento da criança. As informações contidas nessa lista de desejos incluem desde quem será o acompanhante até quais serão procedimentos médicos preferíveis e os que deverão ser evitados. Permitindo assim, que a gestante possa opinar sobre as decisões sobre o seu próprio corpo e também sobre o bebê.


Esse planejamento de parto começou a ser propagado nos EUA, onde lá recebe o nome deBirth plan - Plano de Nascimento, em tradução livre. E tem como objetivo principal propiciar reflexões e promover melhor compreensão sobre as etapas do parto e seus processos fisiológicos.
Realizar o plano de parto é um procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde e o documento é garantido pela legislação brasileira. Já que de acordo com as orientações descritas pelo Ministério da Saúde sobre pré-natal e parto, é dever do profissional que acompanha a gestante perguntar se ela possui um plano de parto escrito, bem como conversar com ela e considerar as possibilidades de implementação de tais procedimentos, considerando a disponibilidade de recursos. Mas para que esse documento possua um caráter oficial, é preciso que ele seja protocolado no hospital onde o parto irá acontecer, assim como ser assinado pela parturiente e pelo médico.


CONDUTAS HOSPITALARES - PLANO DE PARTO
É importante estar atenta às condutas hospitalares, pois cada hospital costuma ter suas próprias normas e protocolos padrões a serem aplicados. O Brasil, infelizmente, ainda possui um atendimento padrão que vai praticamente contra todas as recomendações da Organização mundial da saúde. O roteiro mais comum aplicado pelos hospitais do nosso país segue mais ou menos essa ordem:
Após os sinais do trabalho de parto serem percebidos a gestante normalmente da entrada no hospital e lá ela passa pela enfermeira obstetriz, que avalia o estágio do trabalho de parto. Além de fazer algumas perguntas, é feito o exame de toque. Após isso, a mulher é levada à uma sala onde ela deve se despir e usar um avental hospitalar aberto atrás. Os pertences são levados depois ao quarto onde a gestante ficará.
Já na sala de pré-parto ou na suíte de parto a enfermeira normalmente faz a tricotomia e o enema como procedimento padrão. A tricotomia é a raspagem dos pelo pubianos e o enema é a lavagem intestinal. E durante esse processo, alguns hospitais permitem que a mulher tenha um acompanhante, desde que se haja uma autorização prévia da obstetra na carteira de internação. E então começa o monitoramento fetal, ou seja, monitora-se as contrações e também os batimentos cardíacos da criança.


Geralmente as enfermeiras fazem um acesso intravenoso na mão para caso seja necessário aplicar algum medicamento ou hormônio para aceleração das contrações. E durante todo esse processo de espera, enfermeiras e médicos entrarão no quarto esporadicamente para saber do estado da mãe e do bebê. Quando o trabalho de parto estiver em um estágio avançado, a mulher é levada ao centro cirúrgico de maca e então passa para a mesa de parto. Porém, se a mulher estiver na suíte de parto, não há a necessidade de troca de sala, pois o parto acontecerá no mesmo ambiente.
Nesse estágio do trabalho de parto, é provável que a obstetra faça a episiotomia, ou seja um corte no períneo (região entre a vagina e o ânus) para que possa aumentar o canal do parto. Também pode acontecer de efetuarem a manobra de Kristeller, que nada mais é do que empurrar a barriga de cima para baixo, fazendo com que a criança seja forçada a passar pelo canal do parto.
Depois que a criança nasce, ela é mostrara à mãe e é levada a uma sala ao lado para que se possa avaliar o estado do bebê. E depois de algumas horas o recém-nascido é levado para a primeira mamada.
COMO FAZER O PLANO DE PARTO
Diante disso, é imprescindível que a mãe estude e se informe sobre todas as etapas do parto e que as coloque de fato no papel, sinalizando todos os seus desejos sobre este processo. Por isso separamos algumas dicas de como montar o seu plano de parto.
Separe o seu plano de parto em 3 etapas:
Durante o parto; após o parto; em caso de necessidade de cesariana.
Comece a descrever a primeira etapa pensando nas pessoas que te darão suporte e ficarão com você. Seja seu acompanhante, seus familiares ou um profissional como uma doula, por exemplo. Logo em seguida, já deixe claro quais métodos você deseja ou não, como no caso da lavagem intestinal, raspagem dos pelos pubianos e até mesmo a liberdade de escolha sobre a posição que quiser dar à luz. Bem como o uso da água, como em chuveiros ou banheiras.
Diga se quer que tudo ocorra de maneira natural ou com o auxílio da equipe médica, no caso da ruptura artificial da bolsa ou uso de ocitocina para induzir contrações.
Escolha também se deseja que o seu bebê seja amamentado logo após o nascimento, auxiliando na liberação de oxitocina que ajuda na saída da placenta.


Após o parto
E no pós-parto, defina se o pai ficará no quarto com a mãe até o momento da alta e se o também escreva se deseja que o bebê permaneça junto a mãe, a menos que haja a indicação médica para que não.
Em caso de cesariana
Em caso de cesária, indique que quer ser informada sobre cada procedimento. Você também pode pedir uma tricotomia parcial, assim os pelos na região do abdômen não causarão tanto incômodo quando estiverem crescendo novamente. A amamentação na mesa de cirurgia ou na sala de recuperação também pode ser descrita no seu plano de parto.
Esses foram alguns pontos mais comuns, mas é recomendável que se faça esse plano de parto em conjunto como seu médico e/ou doula, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e você possa ter uma melhor experiência. Vale dizer que em risco de vida, a decisão final é sempre do médico.
Espero que você tenha gostado da matéria e de nossas explicações.
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